14-01-2003

Bruxelas e Lisboa na caça ao pedófilo

CADI FERNANDES / LICÍNIO LIMA

As polícias de Portugal e da Bélgica decidiram unir esforços no sentido de localizar um alegado pedófilo belga que possui uma residência, desde há alguns anos, em Foral (Tunes), uma aldeia «perdida» no concelho de Albufeira, apurou o DN.

O indíviduo em questão costuma viajar, com grande frequência, entre a Bélgica, Portugal e a Roménia, um dos países onde, alegadamente, por via da pobreza que aflige grande parte da população, os pedófilos costumam procurar crianças para posterior tráfico ilegal.

No seu país de origem, o suspeito tem vários processos por alegadas práticas pedófilos. Em Portugal, o Ministério Público quer localizá-lo, porque é suspeito de ter praticado um furto.

EANES. Hoje, a comissão de antigos alunos da Casa Pia, da qual fazem parte os advogados José Pedro Namora e Adelino Granja, é recebida de manhã pelo Bloco de Esquerda, a pedido do deputado Francisco Louçã.

À tarde, é a vez de o general Ramalho Eanes, antigo Presidente da República, ouvir os ex-alunos, como já fizera, em 1980, quando os jovens frequentavam a instituição.

Ao DN, Pedro Namora disse: «Nós é que pedimos a audiência com o general, pois queremos agradecer-lhe ter-nos ouvido em 1980, facto que impediu que um grupo de 63 alunos fosse expulso da Casa Pia.»

Na quinta-feira, será a vez de os ex-alunos serem recebidos pelo grupo parlamentar do PCP. O PSD também já manifestou interesse em falar com o grupo, a despeito de ter sido um dos partidos, juntamente com o PP, que vetou uma audiência a Namora e Granja no âmbito da Comissão Parlamentar de Direitos, Liberdades e Garantias, depois de alegadas «contradições» presentes nos testemunhos dos ex-secretários de Estado que, desde 1980, tiveram a tutela da Casa Pia. Segundo Pedro Namora, «até agora só o PP e o PS é que não nos contactaram».

As dúvidas do consultor jurídico

Em texto a que o DN teve acesso, confirma-se que o consultor jurídido da Auditoria Jurídica do Ministério do Emprego e Segurança Social detectara em 1989 irregularidades na actuação da Casa Pia. Surgem várias interrogações. «Como era possível atribuir classificação de serviço de muito bom a um funcionário com aquele cadastro?» «Porque é que as penas dos vários processos disciplinares não eram substancialmente agravadas?» «Porque é que não se lhe proibia a entrada no colégio indicado no processo, bem como o contacto com os alunos?» «Se já desde 1983 existiam proibições desse género, porque é que não se tomaram medidas drásticas?»

CADI FERNANDES
LICÍNIO LIMA

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