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03-02-2003
Moita Flores junta Namora e Carlos Cruz
Já o nome de Carlos Cruz tinha sido envolvido no caso da rede de pedofilia na Casa Pia e a PJ o investigava, num processo que culminou na sua detenção, quando o advogado Pedro Namora aceitou encontrar-se com o apresentador.
Carlos Cruz queria saber pormenores sobre as referências que existiam a seu respeito, já que Namora tem sido o confidente dos menores alegadamente abusados. Moita Flores foi o intermediário do encontro realizado há um mês.
O criminologista confirmou ao DN que patrocinou este encontro. «O Carlos estava inquieto, fez questão de falar com o Namora. Somos amigos há muitos anos e pediu-me conselhos», explicou Moita Flores.
Pedro Namora tinha sido aluno do criminologista, daí que Carlos Cruz tenha recorrido a este para conseguir o encontro.
Segundo Namora também confirmou ao DN, a reunião (sem a presença de Moita Flores) decorreu em casa do conhecido apresentador, em Cascais.
Ao que apurámos, Carlos Cruz pretendia saber se as acusações que a PJ investigava eram anteriores a 1982 (no processo que envolveu o diplomata Jorge Ritto) ou se eram mais recentes.
Pedro Namora garante que nada do que estava em segredo de justiça lhe foi comunicado. O encontro decorreu já depois de o eventual aluno que teria implicado Carlos Cruz ter, alegadamente, vindo a público reconhecer que era tudo mentira.
O que indicia que o apresentador sabia que a PJ continuava as investigações. Na quarta-feira, Carlos Cruz encontrou-se com o procurador da República , como o DN noticiou, para lhe pedir apoio público, porque «lhe chegou aos ouvidos que dois rapazes tinham efectuado depoimentos que o incriminavam», como disse à SIC a mulher do apresentador, Raquel Cruz.
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